Não é novidade para ninguém que a poluição do ar é um sério problema de saúde pública. Pesquisas no Canadá, Holanda e Finlândia já haviam demonstrado que um aumento de 10µg por m3 na concentração de partículas menores que 2.5µm está associado a uma redução na expectativa de vida de 0.8 a 1.3 anos. Esta semana, um importante e pioneiro estudo foi publicado no jornal New England Journal of Medicine confirmando essa relação entre poluição e longevidade só que de forma inversa: a redução da poluição é capaz de aumentar a longevidade da população. A redução dos mesmos 10µg por m3 na concentração de partículas menores que 2.5µm promoveu um aumento de 0.77 ano na expectativa de vida da população. Esses resultados foram extraídos do nível de poluição do ar em 51 diferentes regiões metropolitanas dos Estados Unidos ao longo de duas décadas. Nesse mesmo período, a expectativa de vida do americano cresceu em 2.74 anos, e teoricamente, 18% desse aumento pode ser decorrente das medidas de controle da poluição do ar.
A Organização Mundial da Saúde reconhece que 1.4% das mortes do planeta são decorrentes da poluição no ar que se respira. Essa pesquisa pode ser vista como boa notícia já que se reduzirmos a poluição do ar, estaremos aumentando nossa longevidade. E a responsabilidade não é só das autoridades. Está em nossas mãos também o poder de limpar o ar que respiramos.
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