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Em uma pesquisa recém publicada no BMC Medicine envolvendo quase 40 mil pessoas na Ásia, pesquisadores japoneses investigaram a relação entre a percepção do próprio estado de saúde, e o grau de confiança nas relações interpessoais, no conteúdo disponibilizado pelos meios de comunicação de massa e no sistema de saúde.

 

Os indivíduos que mais se consideraram saudáveis foram os mais jovens, com alto nível educacional e sócio-econômico, e os mais confiantes nas relações interpessoais, nos veículos de comunicação de massa e no sistema de saúde.  Cerca de 60% dos entrevistados responderam que acreditam muito ou parcialmente na mídia.

 

Não se pode inferir uma relação causal precisa entre acreditar na mídia e ter uma boa saúde, mas uma maior confiança no conteúdo de informações em saúde disponibilizado por ela pode ser uma poderosa ferramenta para a promoção de saúde através de uma maior incorporação de hábitos de vida saudáveis. Esse conjunto de confiança entre os indivíduos e entre indivíduo e instituições é parte fundamental do conceito de Capital Social, que é definido como a quantidade e qualidade das interações sociais. Pesquisas apontam que sociedades com alto Capital Social apresentam melhores indicadores de saúde. No Brasil, os jornalistas estão bem na foto. Pesquisa encomendada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e divulgada em 2006 revela que o jornalista é o profissional em que a população mais confia quando o assunto é ciência e tecnologia, seguido pelo médico e só depois vem o cientista.

 

É também bem conhecido que os meios de comunicação de massa representam as principais fontes de informação em saúde da sociedade e desempenham um dos pilares do processo de alfabetização em saúde. Dessa forma, ações voltadas ao fortalecimento da imagem de confiabilidade do jornalismo em saúde de uma sociedade podem refletir em seus indicadores de saúde. Claro que o jornalismo em saúde também tem que fazer sua parte.  

 

 

 

 

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