A recomendação de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou intensa por semana é unânime quando o assunto em questão é promoção de saúde. Esses 150 minutos divididos em cinco dias por semana dariam meia hora diária de atividade física, o que poderia ser considerado como o mínimo para usufruirmos dos seus inúmeros benefícios à saúde. Entretanto, alguns estudos têm revelado que além dessa meia hora diária, evitar ficar muito tempo parado durante o dia pode ser um bom investimento à saúde.
Pesquisadores suecos publicaram um artigo esta semana no periódico British Journal of Sports Medicine fazendo uma provocação de que o termo comportamento sedentário, que indica falta de exercícios físicos, deveria ser substituído por comportamento de “inatividade muscular”. As pesquisas têm mostrado que o hábito de permanecer longos períodos do dia sem movimentação aumenta o risco de obesidade, diabetes, doenças do coração, câncer, e também está associada a uma menor longevidade. Tudo isso independente da presença de exercícios moderados a vigorosos.
Um recente estudo australiano demonstrou que o risco de síndrome metabólica, que é um precursor de diabetes e doenças cardiovasculares, é 28% menor entre mulheres que fazem 30 minutos diários de atividade física regular. Por outro lado, o estudo também rvelou que cada hora adicional que uma mulher passa em frente à TV aumenta em 26% seu risco de apresentar síndrome metabólica, independente dos exercícios moderados que realiza. É previsível que essas horas de “inatividade muscular” sejam ainda mais prejudiciais para quem faz poucos exercícios físicos.
Pelo corpo de evidências que temos até o momento, as recomendações médicas poderiam incluir não só os exercícios físicos regulares, mas também o hábito de se movimentar de forma intermitente durante o dia. Paradas de alguns minutos no trabalho que permitam um pouco de movimento, evitar o automóvel quando possível, usar as escadas no lugar do elevador, todas são atitudes que podem ter mais influência em nossa saúde do que costumamos imaginar.
3 comentários
21 janeiro, 2010 às 12:24 pm
lenita santiago lohmeyer
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Caro amigo, com relação ao ginko biloba;
è lamentavel que estejamos a merce de pesquizas e pesquizadores que volta e meia de acordo com os proprios interesses divulgam seu parecer.
Acreditar ou não; eis a questão.
Seria melhor que todos chegassem a um denominador comum e passassem uma informação mais verdadeiras.
Quem me receitou esse medicamento foi um medico do posto de saude. E agora?
21 janeiro, 2010 às 1:19 pm
Ricardo Teixeira
O projeto ConsCiência no Dia-a-Dia tem feito sua parte no sentido de atualização do conhecimento das ciências da saúde.
19 janeiro, 2010 às 12:14 pm
Saudealimentar.com
Essa conclusão é muito importante:
Pelo corpo de evidências que temos até o momento, as recomendações médicas poderiam incluir não só os exercícios físicos regulares, mas também o hábito de se movimentar de forma intermitente durante o dia. Paradas de alguns minutos no trabalho que permitam um pouco de movimento, evitar o automóvel quando possível, usar as escadas no lugar do elevador, todas são atitudes que podem ter mais influência em nossa saúde do que costumamos imaginar.