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Um documento recém-divulgado pelo periódico científico The Lancet e construído em parceria com a University College London envolvendo especialistas de inúmeras áreas do conhecimento relata que as mudanças climáticas são a maior ameaça à saúde das pessoas no século 21. O documento ressalta que se ações efetivas não forem tomadas, chegaremos a uma situação de injustiça intergeracional, ou seja, nossos filhos, netos, e daí em diante, pagarão caro por aquilo que não tiveram qualquer responsabilidade.

 

Os pesquisadores conduziram o estudo focando em seis principais dimensões do problema: 1) padrões de doença e mortalidade; 2) segurança alimentar; 3) água e sanitarismo; 4) habitação; 5) eventos extremos (ex: catástrofes naturais); 6) migração populacional. O desequilíbrio causado pelas mudanças climáticas  levará a  uma maior disseminação de agentes infecciosos como a dengue e a malária; a própria onda calor já é uma ameaça à saúde, já tendo sido responsável por milhares de mortes na nossa história recente; espera-se limitação das fontes de água limpa e também de alimento, pois sabe-se hoje que as plantações são mais sensíveis ao calor do que se pensava antes; a rápida urbanização criará condições de habitação cada vez mais vulneráveis às ondas de calor; atualmente as catástrofes naturais como furacões e ciclones já são duas vezes mais comuns do que há 20 anos atrás e a expectativa é que o nível do mar suba de 0.5 a 1.2m nesse século – já há estudos projetando uma elevação de até 5m.

 

O estudo também chama a atenção para a atual falta de conhecimento de como enfrentar as conseqüências negativas à saúde pública causadas pelas mudanças climáticas. E o maior recado do documento é que esse é um problema que deve estar na mente das autoridades de saúde e de cada indivíduo desde já, ou melhor, já há algum tempo.

 

 

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