Para quem não sabe ou esqueceu, a Dieta Mediterrânea é uma alimentação rica em peixes, verduras, legumes, frutas, cereais (melhor se forem integrais), azeite e outras fontes de ácidos graxos insaturados, e baixo consumo de carnes e laticínios e outras fontes de gorduras saturadas, além do uso moderado, porém regular, de álcool.
Recentes estudos evidenciaram que a Dieta Mediterrânea além de reduzir o risco de doenças cardiovasculares também está associada à redução do risco de Doença de Alzheimer. Os mecanismos protetores da Dieta Mediterrânea sobre o cérebro vão desde a prevenção de doença vascular cerebral a efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios.
Uma pessoa que desenvolve a Doença de Alzheimer não perde suas funções cerebrais de um dia pra o outro, e reconhece-se que o declínio pode começar até 12 anos antes do diagnóstico. Essa é uma doença progressiva, e entre o estado de normalidade e seu diagnóstico, as pessoas passam por um estágio intermediário chamado de Transtorno Cognitivo Leve. O fato é que nem todas as pessoas que apresentam Transtorno Cognitivo Leve evoluirão para a Doença de Alzheimer e a ciência tem investido muito para encontrar estratégias que sejam capazes de frear a progressão da doença. Uma pesquisa recém-publicada no Archives of Neurology revela que a Dieta Mediterrânea, além de ser capaz de reduzir o risco de desenvolver o Transtorno Cognitivo Leve, é capaz também de reduzir sua chance de evoluir para a Doença de Alzheimer.
Esse efeito protetor já havia sido demonstrado isoladamente entre diferentes componentes da Dieta Mediterrânea, como o consumo moderado de álcool, peixes e ácidos graxos insaturados. Se individualmente esses alimentos já são capazes de proteger nosso cérebro, imagine então a combinação de vários deles.
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