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A epilepsia é a condição neurológica crônica mais comum em todo o mundo e pode acontecer em qualquer idade, raça e classe social. Estima-se que no Brasil existem três milhões de pessoas com a doença e a cada dia 300 novos casos são diagnosticados.
Apesar de ser um problema de saúde pública, são realmente poucas as pessoas que realmente sabem o que é a epilepsia. Na própria etimologia, a epilepsia foi premiada com um caráter místico, misterioso, religioso e mágico (epi=de cima e lepsem=abater) – ALGO QUE VEM DE CIMA E ABATE AS PESSOAS. Há muito tempo não faz sentido pensar a epilepsia como um problema vindo “de cima”, já que o nível de compreensão que temos hoje dos seus mecanismos biológicos só pode ser visto em poucas outras doenças neurológicas.
Há tempos os profissionais que dão assistência às pessoas portadoras de epilepsia evitam chamar o paciente de “epiléptico”, pois esse termo alimenta o estigma associado a essa condição. Pesquisadores da Unicamp confirmaram recentemente que essa é uma posição bem acertada. Eles entrevistaram cerca de 200 estudantes do ensino médio com perguntas que avaliavam o estigma e preconceito em relação à epilepsia. Para metade deles o questionário usava o termo “pessoas com epilepsia” e a outra metade recebia as mesmas perguntas fazendo referência a “pessoas epilépticas”. As respostas mostraram um estigma bem maior quando o termo “epiléptico” era usado. Os pesquisadores publicaram o estudo no periódico da Sociedade Americana de Epilepsia com o título “ Não diga epiléptico”.
Veja no quadro abaixo a diferença encontrada entre as duas terminologias.
QUESTIONÁRIO | Pessoas com epilepsia | Epilépticos |
Você acha que as pessoas com epilepsia / epiléticos são rejeitados pela sociedade? | 41% | 87% |
Você acha que as pessoas com epilepsia / epiléticos têm mais dificuldade em arrumar emprego? | 62% | 93% |
Você acha que as pessoas com epilepsia / epiléticos têm mais dificuldades na escola? | 37% | 70% |
Você tem preconceito contra pessoas com epilepsia / epiléticos? | 0 | 3% |
1 comentário
17 setembro, 2015 às 3:06 am
Alexandre Meirelles
Tenho certeza que o caminho é Educação escolar. A conscientização através das redes de ensino públicas e privadas. Com conteúdos explicando o que é a síndrome. Com palestras no mês de Março e setembro da Epilepsia e trabalhados apresentado pelo alunos. Deveria entra na grade do calendário escolar. E através dos Docentes a participação de toda a turma valendo nota para as provas bimestral.