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Ameaça de estereótipo é um fenômeno em que uma pessoa experimenta insegurança e ansiedade pelo receio de terem um pior desempenho por fazerem parte de um grupo com estereótipo de inferioridade. Estamos falando da raça negra e gênero feminino, por exemplo.
As pessoas que fazem parte desses grupos têm pior desempenho quando “lembradas” desses estereótipos. Esse é o caso de meninas em testes de matemática quando lembradas que os meninos são melhores em matemática. O mesmo ocorre se as meninas recebem algum “toque” de que meninos são superiores no xadrez. O estereótipo de um campeão de xadrez é ode um homem bem esquisito e não o de uma mulher de salto alto.
Negros também têm pior desempenho em um teste cognitivo quando são avisados que a resolução do problema depende de habilidade intelectual. Negros carregam o estereotipo que são menos inteligentes que os brancos. Pobres também carregam um estigma gigante.
A ameaça de estereótipos pode fazer com que mulheres não sigam uma série de carreiras que os homens são supostamente superiores. Pode fazer com que negros não desenvolvam plenamente suas habilidades cognitivas. Meninos também carregam seus estereótipos. Sá que eles têm mesmo menores dons artísticos?
É fundamental a conscientização desse fenômeno por parte de pais e professores. Dar pistas para que se lembre da igualdade entre os gêneros e entre as raças pode fazer que não existam diferenças entre os grupos.
Em tempo. Esta semana o presidente do São Paulo deu a infeliz declaração: “Gostaria muito de ter o Kaká. É alfabetizado, tem todos os dentes na boca, bonito, fala bem…”. Pelo que eu saiba estereótipos de superioridade não ajudam a marcar gol.
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