O extrato de Ginkgo biloba é vendido no Brasil com uma enorme lista de indicações para melhora das funções do sistema nervoso central, sendo indicado para quem tem “perda de memória e redução das faculdades intelectuais” – isso é o que está na bula.
Alguns estudos têm demonstrado que a erva tem algum efeito positivo na capacidade de relaxamento dos vasos e viscosidade do sangue, efeitos antioxidantes, e em tubo de ensaio, conseguiu até reduzir a agregação de proteínas associadas à Doença de Alzheimer. Entretanto, as pesquisas clínicas não têm conseguido demonstrar efeitos positivos do Ginkgo biloba sobre o cérebro. Um grande estudo sobre o tema acaba de ser publicado pelo conceituado periódico Lancet, Neurology, mais uma vez com resultados negativos.
Pesquisadores de diversos centros de pesquisa franceses acompanharam quase três mil idosos sem demência, mas com queixas de memória. Após um seguimento de cinco anos em média, a metade dos voluntários que usou Gingko biloba teve o mesmo risco de receber o diagnóstico de Doença de Alzheimer que a outra metade que usou placebo. Esse foi o primeiro grande estudo conduzido fora dos EUA.
São mais de duas décadas de estudos clínicos envolvendo milhares de pessoas com resultados que não justificam o que se lê na bula dos extratos de Ginkgo biloba. Não se justifica também pensar que se não faz bem, mal não faz. O Ginkgo biloba já foi associado a maior risco de derrame cerebral e até mesmo de demência em pacientes com doença cardiovascular. Canja de galinha não faz mal a ninguém, mas Ginkgo biloba não é canja de galinha.
5 comentários
20 fevereiro, 2013 às 2:12 am
Caroline
Dr. se possível, o Sr. poderia indicar um fitoterápico para idosos. Obrigada.
28 fevereiro, 2013 às 2:56 am
Ricardo Teixeira
Infelizmente por viea eletrônica não posso indicar nenhuma medicação , fitoterápica ou não
11 setembro, 2012 às 2:38 am
Dormir junto aos filhos mexe com os hormônios masculinos «
[…] Twitter Updates follow me on Twitter « De novo… Mais uma pesquisa aponta que o Ginkgo biloba não ajuda o cérebro dos i… […]
8 janeiro, 2013 às 7:37 pm
Ciléia
Doutor tomo esse medicamento quando estou perto da Semana de provas… Sou Formada em Letras e Hoje Curso Direito,o que notei quando tomei esse medicamento é que ele amumentou a capacidade em armazenar mais informções… não sei se é porque meu cerebro registrou isso ou se realmeente esse medicamento fez esse efeito em meu organismo!!!
9 fevereiro, 2013 às 3:47 pm
Ricardo Teixeira
Ciléia Muitas pessoas tem essa mesma experiência e muitos não sentem qquer diferença