Quando se fala em comportamento e talentos femininos, a maior parte de suas peculiaridades guarda forte relação com fatores culturais, mas uma pequena parcela tem a ver com fatores biológicos mesmo. De fato, existem diferenças de gênero na anatomia, função e química cerebrais que podem fazer diferença no entendimento da maior ou menor prevalência de alguns transtornos neuropsiquiátricos entre as mulheres. Vale lembrar que no cérebro as coisas funcionam em via dupla, já que o comportamento também tem o poder de influenciar essa herança biológica.
O cérebro das mulheres é menor do que o dos homens, mas e daí? Isso não reflete a princípio nenhum tipo de vantagem ou desvantagem. Se quiserem provocar os homens, elas podem dizer de boca cheia que o cérebro feminino tem fluxo sanguíneo e proporção de substância cinzenta mais avantajados.
Meninas têm o hipocampo maior e a amígdala menor que os meninos. As duas são estruturas vizinhas, sendo o hipocampo uma das principais regiões do cérebro responsáveis pela memória e a amígdala pode ser comparada a uma válvula de regulação das emoções. Essas diferenças podem ser atribuídas às diferentes concentrações de receptores de hormônios masculinos e femininos nessas estruturas. Nosso cérebro alcança seu maior volume por volta dos 15 anos e depois disso ele vai ficando aos poucos mais murchinho. Nos homens, a redução de volume é relativamente maior nas regiões frontais e temporais, enquanto, nas mulheres, isso é mais expressivo no hipocampo e nas regiões parietais.
Os sistemas dos neurotransmissores serotonina, dopamina e GABA têm uma tendência a ser mais robustos entre as mulheres. No caso da serotonina, as mulheres têm maiores concentrações no sangue, mais receptores em algumas regiões do cérebro e, no caso de mulheres deprimidas, menor concentração de proteínas transportadoras do neurotransmissor. Essas diferenças podem contribuir para a maior prevalência de depressão e transtornos alimentares nas mulheres. Já um sistema de dopamina mais potente pode responder por uma maior vulnerabilidade ao abuso de drogas entre elas.
Muitos desses detalhes ainda não têm qualquer aplicação prática, mas deverão nortear a construção de novas estratégias terapêuticas que possivelmente serão diferentes entre os gêneros. O tratamento de uma mulher com uma determinada condição neuropsiquiátrica pode vir ser a ser diferente daquele indicado para os homens.
1 comentário
25 junho, 2012 às 11:51 pm
Alessandra Pedro
Prezados,
Gostariamos de solicitar que seja divulgado em seu blog informações sobre a 4ª Olímpiada Nacional em História do Brasil, um projeto voltado aos professores e alunos de todo o Brasil.
4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil
O Museu Exploratório de Ciências – Unicamp recebe a partir do dia 01/06/2012, as inscrições para a 4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Poderão participar estudantes regularmente matriculados no 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e demais séries do Ensino Médio, de escolas públicas e privadas de todo o Brasil, incluindo alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Para orientar a equipe, composta por três estudantes, é obrigatória a participação de um professor de história.
O formulário de inscrição e o boleto para pagamento estarão disponíveis no site do Museu Exploratório de Ciências de 01 de junho até 10 de agosto. A taxa de inscrição é de 21 reais para as equipes de escolas públicas e 45 reais para as equipes das escolas particulares. O valor da inscrição corresponde à inscrição de todos os membros da equipe (incluindo o professor-orientador).
Em 2012, O Museu Exploratório de Ciências custeará, para participarem da final, as passagens de avião das 27 equipes mais bem colocadas em cada estado da Federação (escolas públicas ou particulares) e mais 10 equipes de escolas públicas com a maior pontuação, sendo uma por região do país, e cinco escolas públicas com mais alta pontuação em todo o Brasil, independente de sua região. Após a final da Olimpíada, os professores responsáveis por essas equipes são convidados a permanecer na Unicamp para realizar capacitação de uma semana, com custos de hospedagem cobertos também pelo Museu.
A ONHB premiará escolas, alunos e professores, com medalhas de ouro (60), prata (100) e bronze (140) e certificados de participação para todos os inscritos e também para as escolas.
A 4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa do Museu Exploratório de Ciências – Unicamp. O evento é patrocinado pelo CNPq e tem o apoio da Rede Globo de Televisão e da Revista de História da Biblioteca Nacional. A última edição, realizada em 2011, inscreveu mais de 65 mil participantes e reuniu cerca de duas mil pessoas na final presencial, realizada na Unicamp, nos dias 15 e 16 de outubro.
A ONHB é organizada pela equipe do Museu Exploratório de Ciências e as provas são concebidas e elaboradas por historiadores, professores e pós graduandos de História da Unicamp. Como proposta, os participantes têm a oportunidade de trabalhar com temas fundamentais da história nacional e de conhecer de perto as práticas e metodologias utilizadas pelos historiadores.
Calendário da 4ª ONHB
Inscrições e pagamento dos boletos: de 01/06/2012 a 10/08/2012.
Primeira fase: inicia no dia 20/08/2012 e finaliza no dia 25/08/2012.
Segunda fase: inicia no dia 27/08/2012 e finaliza no dia 01/09/2012.
Terceira fase: inicia no dia 03/09/2012 e finaliza no dia 08/09/2012.
Quarta fase: inicia no dia 10/09/2012 e finaliza no dia 15/09/2012.
Quinta fase: inicia no dia 17/09/2012 e finaliza no dia 22/09/2012.
Grande Final Presencial: Prova: 20/10/2012
Cerimônia de Premiação: 21/10/2012
Atenciosamente
Alessandra Pedro
Coordenadora Associada Olimpíada Nacional em História do Brasil
Museu Exploratório de Ciências
Caixa Postal 6025
UNIVERSIDADE ESTADUAL D E CAMPINAS (UNICAMP)
Cidade Universitária Zeferino Vaz
13083-970 – Campinas – SP
Brasil