O tecido adiposo marrom é abundante em animais que hibernam como os ursos, mas também existe entre os humanos e de forma bem mais expressiva nos recém-nascidos. Esse é um tecido que tem a capacidade de produção de calor para o organismo bem superior a qualquer outro tipo de tecido do corpo, e nos animais, é bem reconhecido que essa gordura varia nas diferentes épocas do ano por conta de mudanças de temperatura e luminosidade. A quantidade desse tecido nos adultos humanos não é grande, mas pesquisas recentes têm apontado que é menor a atividade dessa gordura entre os obesos, mas ainda não se conhece bem quais fatores influenciam essa atividade.
Um estudo recém-publicado pela revista da Associação Americana de Diabetes demonstra que a luminosidade é um fator crítico para o controle da atividade da gordura marrom entre adultos. Mais de 3500 ingleses tiveram o nível de atividade de gordura marrom medido por exames de imagem (PET SCAN) e os resultados revelaram que a atividade dessa gordura no inverno inglês foi três vezes maior do que durante o verão, e era muito mais associada à luminosidade do que à temperatura. Além disso, a pesquisa revelou que as mulheres têm uma maior atividade dessa gordura quando comparadas aos homens.
O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de Nottingham que defendem a idéia que a ativação da gordura marrom pode representar mais uma ferramenta no controle de um dos maiores problemas de saúde do mundo: a obesidade.