Há algum tempo já se desconfia que a enxaqueca possa aumentar a freqüência de problemas de pressão alta durante a gravidez. Na verdade ambos os problemas tem muita coisa em comum, desde o ponto de vista bioquímico, até no aumento do risco de eventos vasculares como o derrame cerebral e o infarto do coração. Uma pesquisa publicada na última edição do periódico inglês Cephalalgia revela que aquilo que era mera desconfiança, agora tem comprovação científica satisfatória.
Pesquisadores italianos acompanharam mais de 700 mulheres grávidas a partir da 11ª semana sem história de hipertensão arterial. O risco de desenvolver pressão alta na gravidez foi três vezes maior entre mulheres com história de enxaqueca do que naquelas sem enxaqueca (9.1% e 3.1%). Os bebês das mulheres com história de enxaqueca também apresentaram maior risco de nascerem com baixo peso.
O estudo aponta que mulheres grávidas e que têm enxaqueca podem começar a ser vistas como mulheres com maior risco de desenvolver pressão alta na gravidez, e por isso devem ser acompanhadas de forma mais cuidadosa. Os resultados também sugerem que a identificação do antecedente de enxaqueca deve passar a fazer a parte de uma consulta pré-natal. Vale lembrar que a pressão alta na gravidez é uma das pricipais causas de complicações tanto à saúde da mãe como à do bebê.
2 comentários
7 fevereiro, 2009 às 12:29 am
Ricardo Teixeira
Olá Leonardo,
O ODDS RATIO foi de 2.85 já ajustado para os outros fatores como idade, tabagismo, etc. O critério para a enxaqueca foi mesmo a classificação da IHS.
Envio-lhe o PDF
Ricardo
7 fevereiro, 2009 às 12:18 am
Leonardo Fontenelle
Interessante esse comentário; talvez precisemos revisar a rotina de pré-natal. A coorte com enxaqueca foi simplesmente definida pelos critérios da International Headache Society? O artigo cita o intervalo de confiança do risco relativo? Desculpe-me as perguntas, mas não tenho acesso no momento à íntegra do artigo.