Os ácidos graxos chamados de Omega 3 e Omega 6 fazem parte do grupo de gorduras insaturadas, bem diferentes das gorduras saturadas que encontramos nas carnes e laticínios. O Omega 3 cada dia mais é visto como um dos nutrientes mais nobres para o nosso corpo, especialmente para o cérebro e para os vasos sanguíneos, e por conta dessa boa fama, os alimentos ricos em Omega 3 estão merecidamente com a bola toda – os peixes, especialmente o salmão, atum, sardinha, e as castanhas e nozes. Paralelamente ao sucesso do Omega 3, podemos observar recomendações cada vez mais freqüentes para a redução de seu irmão Omega 6, com o argumento que seu metabolismo gera uma série de moléculas pro-inflamatórias que podem aumentar o processo de aterosclerose. Na verdade, os estudos mostram justamente o contrário: o consumo de Omega 6 está muito mais associado a uma ação anti-inflamatória do que inflamatória.
O Omega 6 também é uma gordura insaturada assim como o Omega 3, e sua principal fonte na dieta é o ácido linoleico encontrado principalmente nos óleos vegetais (ex: milho, soja, girassol). A revista Circulation, uma das publicações mais importantes da American Heart Association acaba de publicar um documento recomendando que 5 a 10% do total de energia diária consumida deve ter origem em gorduras insaturadas ricas em Omega 6. O documento conclui que a restrição do Omega 6 em níveis mais baixos que os recomendados tem mais chance de aumentar do que diminuir o riscos de doenças cardiovasculares.
Cique aqui para ler o documento na íntegra em inglês
2 comentários
7 fevereiro, 2009 às 1:03 am
Ricardo Teixeira
Boa Leonardo!!
7 fevereiro, 2009 às 12:29 am
Leonardo Fontenelle
Esse achado corrobora aquilo que aprendemos com o famoso estudo que derrubou a popularidade da reposição hormonal na menopausa feminina. É preciso ter muito cuidado ao extrapolar as evidências; às vezes A leva a B e B leva a C mas A não leva a C.