Estudos recentes realizados aqui mesmo no Brasil mostram que cerca de 70-80% das mulheres queixa-se de dor de cabeça no período próximo à menstruação e a enxaqueca é responsável por boa parte dessas dores de cabeça. É bom lembrar que quase 20% da população feminina tem enxaqueca.

 

As flutuações dos hormônios sexuais da mulher não só explicam o porquê da mulher ter cerca de três vezes mais enxaqueca do que o homem, mas também explica a íntima associação entre a enxaqueca e o período da menstruação. Até 70% das mulheres com enxaqueca percebem essa associação, seja pelo fato de só ter crises de enxaqueca no período da menstruação, seja porque nesse período as crises costumam ser mais fortes.

 

Existem várias estratégias de tratamento para a enxaqueca associada à menstruação, e um estudo publicado na última semana pela revista britânica Cephalalgia, confirmou que o tratamento hormonal (estrogênio) pode ser uma ferramenta valiosa nessas situações. O que a pesquisa nos trouxe de novidade é que o uso de terapias hormonais tem a chance de reduzir a freqüência de crises de enxaqueca não só no período perimenstrual, mas também ao longo de todo o mês. O tratamento hormonal também permitiu uma extraordinária redução na quantidade de medicações que as mulheres usavam para dor de cabeça.

 

A terapia com hormônios à base de estrogênio na enxaqueca tem outras peculiaridades que devem ser consideradas também. Algumas mulheres até têm suas crises intensificadas por conta do uso de estrogênio. No caso da enxaqueca com aura,  o uso de estrogênio deve ser discutido ainda com mais cautela, pois pode aumentar os riscos de isquemia cerebral.  Clique aqui e leia o post que discute essa questão.

 

A enxaqueca é coisa séria. Para se ter uma idéia, ela ocupa o oitavo lugar entre os problemas de saúde de maior impacto no dia-a-dia de uma mulher.  Não faz sentido viver reclamando de enxaqueca sendo que o problema tem diversas formas de solução.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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