A resposta é sim, só que mais nem sempre é melhor. Uma pesquisa publicada esta semana pelo jornal Social Psychological and Personality Science a frequência de relações sexuais aumenta o quanto o indivíduo se sente feliz. Mas acima de uma vez por semana, mais sexo não traz mais felicidade. O estudo avaliou por três décadas cerca de 30 mil americanos heterossexuais com relações estáveis.

Alguns estudos prévios, e uma infinidade de livros de autoajuda, defendem a ideia de quanto mais sexo tem, maior o estado de felicidade. Parece que não é bem assim. Dinheiro e sexo aumentam a felicidade até um certo ponto. A partir de uma certa “quantidade” eles não fazem muita diferença.

Sexo faz bem à saúde.

Nas últimas décadas, pesquisas científicas rigorosas têm revelado que o sexo traz inúmeros benefícios à saúde.  Alguns desses estudos acompanharam indivíduos de meia idade e idosos por até 20 anos, e têm sido quase unânimes em mostrar que a atividade sexual está associada a uma menor mortalidade, inclusive por doença isquêmica do coração.

É bem reconhecido que uma relação sexual, devido ao esforço físico, pode até precipitar hemorragias cerebrais e morte súbita de causa cardíaca em indivíduos predispostos. Entretanto, à luz do conhecimento atual, pode-se dizer que o efeito protetor da atividade sexual é muito maior que os raros eventos precipitados pelo esforço físico. É claro que um indivíduo que tem dor no peito simplesmente por subir dois lances de escada deve discutir com seu cardiologista seu risco em fazer sexo ou qualquer outra atividade física.

Sexo também promove nossa saúde mental.  Uma vida sexual ativa está associada a menos ansiedade, menos agressividade e menos depressão. Talvez, da mesma forma que os efeitos sobre a felicidade, mais pode não ser necessariamente melhor.

A ciência moderna tem-nos mostrado cada vez mais que vida saudável não significa vida sem graça e sem prazer. Pessoas que frequentam atividades como shows de música, teatro e cinema percebem-se mais saudáveis e vivem mais.

Não é o caso de se fazer campanhas em prol de um estilo de vida “sexo, drogas e rock’n roll”, mas já existem razões de sobra para incorporarmos o prazer como importante medida de promoção à saúde.