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O desempenho de um atleta depende do tanto que seu relógio biológico está alinhado com o horário da competição. Essa é a conclusão de um estudo publicado esta semana no prestigiado periódico Current Biology. Os treinadores precisam pensar nisso.
A pesquisa mostrou que o desempenho de um atleta de competição varia em 26% de acordo com o horário do dia. Os atletas que têm a tendência em dormir tarde, mas nem por isso dormem tarde, terão melhores marcas mais tarde do que aqueles que realmente gostam de dormir cedo. Se 1% de diferença já faz diferença numa competição profissional, imagine só 26% de diferença nos 100 metros rasos.
Pesquisadores da Universidade de Birmingham na Inglaterra avaliaram 120 atletas profissionais quanto à tendência em dormir cedo ou tarde e também o desempenho cardiovascular em seis diferentes momentos do dia. O desempenho foi significativamente variável nos diferentes horários e o fator que foi mais associado à melhor marca foi o tempo acordado entre o teste e a hora em que a pessoa teria acordado sem despertador. Enquanto o atleta que tem a tendência em acordar cedo tem sua melhor performance no começo da tarde, aquele que por natureza acorda mais tarde vai estar bom mesmo no período da noite. Esses resultados não devem ser muito diferentes no caso dos atletas amadores.