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Despertar confusional. Esse é o nome de um transtorno do sono que acomete um em cada 15 adultos. Uma pessoa que tem essa condição apresenta confusão mental ou comportamento inapropriado nos primeiros 5-15 minutos acordada.
É mais comum quando a pessoa desperta do sono profundo no início à noite, mas também pode acontecer pela manhã. Ao invés de desligar o despertador, atender ao telefone, por exemplo. Muitas vezes não vão se lembrar de nada depois do ocorrido. Estímulos externos súbitos, como o despertador ou o telefone, costumam precipitar os eventos que podem, às vezes, ser acompanhados por comportamento violento.
O despertar confusional tem sido bem menos estudado que o sonambulismo, mas as consequências podem ser sérias em ambas as condições. Uma pesquisa publicada na última semana pelo periódico oficial da Academia Americana de Neurologia mostra que a prevalência do transtorno é maior do que se pensava. Após entrevistar quase 20 mil adultos, pesquisadores da Universidade de Stanford, Minnesota e Paris Descartes, mostraram que 15% dos voluntários haviam experimentado um episódio de despertar confusional no último ano e metade deles declarou ter mais de um episódio por semana. A maioria (84%) apresentava outros transtornos de sono, diagnósticos psiquiátricos e uso de psicotrópicos. A pesquisa também mostrou que as pessoas que dormiam menos que seis horas por noite, ou mais de nove horas, apresentavam as confusões mais frequentemente.
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