Pessoas muito desconfiadas, que acreditam que todos estão levando vantagem, têm maior chance de desenvolver um quadro de demência. Isso é o que aponta uma pesquisa publicada na última semana pelo periódico oficial da Academia Americana de Neurologia. Essa desconfiança exagerada já havia sido demonstrada como fator de risco para doenças cardiovasculares e mortalidade de uma forma geral. Os mecanismos propostos incluem fatores inflamatórios e disfunção do sistema autonômico.

 

Desta vez, pesquisadores finlandeses e suecos estudaram cerca de 1500 indivíduos com uma média de idade de 71 anos e aplicaram um questionário que mede o grau de desconfiança de um indivíduo. O questionário media o quanto os voluntários concordavam com ideias como “a maioria das pessoas mente para alcançar seus objetivos” e “é mais seguro não acreditar nas pessoas”. Aqueles com maior grau de desconfiança tiveram uma chance três vezes maior de apresentar um quadro de demência ao longo de oito anos quando comparados àqueles com pouca desconfiança. Esses resultados foram independentes da presença de sintomas depressivos e outros fatores de risco para demência como nível educacional, tabagismo, hipertensão arterial.

 

 

 

 

 

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