Um estudo publicado esta semana pelo periódico especializado em neurologia e psiquiatria JNNP apontou que o sentimento de solidão nos idosos é um fator de risco para demência.  

 

Pesquisadores holandeses acompanharam por três anos mais de 2000 pessoas com mais de 65 anos e sem o diagnóstico de demência. No início do estudo, 46% dos voluntários moravam sem uma companhia e um pouco menos de 20% declararam que se sentiam sozinhos. Após os três anos de acompanhamento, o risco de apresentar um quadro de demência era maior entre aqueles que se sentiam sozinhos, mas o mesmo não acontecia pelo simples fato de viver sozinho. Os resultados mostraram também uma associação entre o sentimento de solidão e demência mesmo entre as pessoas que tinham companhia em casa, e isso foi independente da presença de depressão. 

 

A pesquisa sugere que a percepção subjetiva de solidão é que faz a diferença. Ela pode estar associada a uma menor estimulação cognitiva e também a uma menor reserva cerebral. Por outro lado, a sensação de solidão pode ser um sinal de que o cérebro já não está tão bem. Ovo ou galinha? Não importa. Idoso e isolamento social não combinam, especialmente quando o isolamento é iinvoluntário.

 

 

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