Esta semana, tivemos mais uma evidência do quanto que o uso crônico da maconha pode deixar o cérebro mais bobo e também da maior vulnerabilidade do cérebro adolescente à toxicidade da droga.
Mais de mil voluntários neozelandeses foram acompanhados desde o nascimento até os 38 anos de idade e durante esse período foram submetidos a testes psicológicos e a questionários que avaliavam o consumo de maconha. Os resultados apontaram que quanto maior o consumo, maior também o declínio nos testes cognitivos, chegando a perder em média 8 pontos nos testes de QI entre os 13 e 38 anos de idade e os que tiveram mais prejuízo foram os que iniciaram o uso da droga no início da adolescência. Além disso, o desempenho não foi recuperado totalmente entre aqueles que interromperam seu uso. A pesquisa foi publicada na prestigiada revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
No mês passado, tivemos outra prova incontestável de que o cérebro adolescente é realmente mais sensível aos efeitos tóxicos da maconha (Brain julho 2012). Através de uma nova técnica de ressonância magnética, foram demonstradas alterações microestruturais que reduzem a eficiência das conexões cerebrais entre usuários crônicos de maconha. Mais uma vez, as perdas foram maiores naqueles que começaram a fumar já no início da adolescência.
2 comentários
19 novembro, 2012 às 1:54 pm
Maria Georgina
Parabéns pela reportagem Dr. Ricardo, o uso da maconha ainda é estimulado entre os jovens como uma droga inofensiva, informações como essa devem ser divulgadas.
28 novembro, 2012 às 3:36 pm
Ricardo Teixeira
Obrigado Georgina