As opiniões sobre as mudanças na rotina com o início do horário de verão são bem divididas: muitos gostam enquanto outros optariam pela manutenção do horário antigo. E qual é a opinião do nosso corpo? Essa mudança faz diferença para nossa saúde? Um estudo sueco publicado em 2008 pelo respeitado periódico New England Journal of Medicine aponta que a primeira semana do horário de verão está associada a um maior risco de infarto do coração. O efeito é ainda mais significativo entre indivíduos com menos de 65 anos e entre as mulheres. Os pesquisadores avaliaram a incidência de infarto do coração na Suécia entre1987 a 2006.
A melhor explicação para esses resultados é o conhecido efeito da privação do sono no sistema cardiovascular. Pesquisas demonstram que a privação do sono é capaz de aumentar marcadores de inflamação, aumenta o nível de atividade do sistema nervoso autônomo simpático, podendo gerar alterações metabólicas significativas.
Será que não seria justo oferecer à população uma transição mais flexível na implantação do horário de verão, como por exemplo, poder começar o trabalho uma hora mais tarde nos primeiros dias? Isso poderia ser especialmente relevante na segunda-feira e para aqueles que têm reconhecido risco vascular, pois já sabemos que é na segunda-feira que ocorre o maior número de casos de infarto do coração e derrame cerebral. Esse efeito pode ser explicado pelo estresse de ter que voltar ao trabalho e até mesmo pelos excessos do fim de semana.
Pode ser que no futuro as autoridades passem a implantar o horário de verão com uma maior flexibilização de horário na primeira semana. Na hora de fazer as contas do custo-benefício da mudança, é importante considerar que pesquisas tanto no Canadá quanto nos EUA mostram que na primeira semana da implantação do horário os acidentes de trânsito aumentam cerca de 8%.
Veja abaixo algumas atitudes que podem ser tomadas 1-2 dias antes da implantação do horário de verão e que podem facilitar a adaptação:
– Acertar os horários das refeições e de ir para a cama – UMA HORA MAIS CEDO;
– Aumentar a exposição à luz do dia, especialmente ao sol da manhã;
– Evitar fatores que possam atrapalhar o sono: cafeína, álcool, alimentação pesada;
– Atividade física pode ajudar.
E depois da implantação? Será que vale a pena voltar para o horário antigo?
Defende-se a idéia de que manter o horário de verão indefinidamente pode ser uma forma de promoção de saúde da população simples e sem custos. Essa seria uma medida que incentivaria mais atividades físicas em ambientes externos, melhorando o bem estar físico e mental e prevenindo doenças. Essa tese parte do pressuposto que as horas de luz depois do trabalho são mais acessíveis à realização de atividade física do que aquelas antes do trabalho.
Estudos apontam que, no hemisfério norte, nas épocas do ano com dias mais longos, as pessoas adoecem menos, sentem-se mais felizes e com mais energia. Manter o horário de verão pode favorecer as atividades de comércio e turismo, a segurança no trânsito, e pode até mesmo reduzir a incidência de acidentes de trabalho.
2 comentários
18 outubro, 2011 às 6:07 pm
lucinda
ACHO SIMPLISMENTE HORRIVEL, NÃO ME ADAPTO NUNCA, FICO MAL, TENHO VARIOS SINTOMAS, MEU CORPO NÃO ACITA E MEU CEREBRO , MEU PENSAMENTO RACIOCINIO FICA LENTO, DESMOTIVADO!PORQUE FAZER ISSO COMO POVO COM O RIO GRANDE DO SUL??????
16 outubro, 2011 às 4:54 pm
Para quem come bem, suplementos de vitaminas e sais minerais podem mais atrapalhar do que ajudar «
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