Uma pesquisa apresentada esta semana no Congresso da Sociedade Européia de Cardiologia em Paris, e publicada no British Medical Journal, aponta que o chocolate realmente é um alimento amigo do coração e do cérebro.
Pesquisadores ingleses e colombianos analisaram os estudos mais relevantes que tenham testado o impacto do consumo do chocolate sobre a saúde vascular, o que significou a apreciação de sete pesquisas conduzidas nos Estados Unidos e Europa que envolveram mais de cem mil pessoas. Os resultados mostraram que as pessoas que consomem mais chocolate têm um risco relativo de doenças do coração 37% menor, 31% e 29% menor no caso do derrame cerebral e diabetes.
Por essa análise, não foi possível detectar diferenças entre os diversos tipos de chocolate. Entretanto, as evidências apontam que o que há de mais nobre no chocolate, pelo menos do ponto de vista de saúde, não é nem o leite, nem a gordura, nem o açúcar, mas sim o cacau com seus fatores anti-oxidantes e anti-inflamatórios.
O cacau é muito rico em flavonóides, substâncias fartamente encontradas em alguns vegetais e que promovem o bom funcionamento dos nossos vasos sanguíneos. Essas substâncias são as mesmas que fazem a boa fama dos chás verde e preto e da casca das frutas vermelhas, só que o cacau apresenta uma concentração especialmente generosa do subtipo flavanol que ultimamente tem sido apontado como o componente que mais tem efeito na nossa saúde vascular.
Sabemos hoje que o consumo de chocolate com altas doses de flavanols – leia-se CHOCOLATE AMARGO! – promove uma série de efeitos benéficos ao nosso corpo: 1) aumento dos níveis de óxido nítrico, considerado um dos principais combustíveis para a saúde dos nossos vasos sanguíneos; 2) redução da agregação das plaquetas, ação que é igual à da aspirina; 3) aumento dos níveis do HDL – nosso colesterol bom – entre outras ações antioxidantes; 4) redução de marcadores de inflamação – lembrando que aterosclerose é igual a inflamação; 5) redução da resistência à insulina, facilitando sua ação nas células; 6) aumento do fluxo sanguíneo periférico (nos membros) e nas artérias do coração; 7) redução da pressão arterial; 8) aumento do fluxo sanguíneo cerebral e/ou atividade neuronal durante uma tarefa cognitiva. E os efeitos chegam até à pele, com aumento de sua microcirculação sanguínea e maior nível de fotoproteção.
* Não custa lembrar que 100g de chocolate tem cerca de 500 calorias. Chocolate em excesso pode colaborar para um quadro de obesidade. Nesse caso, os benefícios do chocolate vão por água abaixo.
2 comentários
2 setembro, 2011 às 1:12 am
J. andrade
Isso não é um artigo de dicas de saúde, parece mais propaganda de fábrica de chocolate. Por exemplo, não citou que chocolate tem muitas calorias e que engorda sim, que deve ser consumido com moderação. Induz o leitor a achar que é melhor comer chocolate do que comer frutas e verduras quando diz que “O cacau é muito rico em flavonóides, substâncias fartamente encontradas em alguns vegetais… só que o cacau apresenta uma concentração especialmente generosa do subtipo flavanol que ultimamente tem sido apontado como o componente que mais tem efeito na nossa saúde vascular”. Quer dizer, coma chocolate, é melhor para seu sistema vascular do que alguns vegetais e frutas. Também, não cita qual a quantidade de chocolate que teria que ser consumido diariamente para obter tais efeitos, com certeza uma quantidade engordativa. Por exemplo, dizer que a “ação que é igual à da aspirina”? Ora quanto de chocolate é preciso para fazer o efeito que faz uma aspirina nas nossas plaquetas? E o HDL? Pessoalmente luto para aumentar o meu que fica no limite pouco abaixo de 40. Quanto preciso come de chocolate para elevá-lo para 60? Etc.
2 setembro, 2011 às 2:56 am
Ricardo Teixeira
J, Inseri no final do artigo um alerta para o alto teor calórico do chocolate e os cuidados de devem ser tomadoss.
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