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Os meios de comunicação de massa representam uma das principais fontes de informação em saúde não só da população leiga, mas até mesmo dos próprios profissionais de saúde. Uma série de estudos revela que pesquisas divulgadas pela mídia são mais citadas por outros estudos científicos.

 

Nos últimos anos, a internet possibilitou uma democratização da informação como nunca antes vista, permitindo que o indivíduo que sofre de algum problema de saúde tenha uma postura mais ativa frente ao seu médico / terapeuta, com mais repertório para trocar informações. Pode-se argumentar que muito daquilo que o leigo lê na internet não é fonte segura de informação, e no caso de informação equivocada, o “ Dr. Google” pode fazer mais mal do que bem. Isso até pode existir, mas de uma forma geral, a internet ajuda muito mais do que atrapalha. E foi isso que um estudo recém-publicado pela prestigiada revista Cancer sugere.

 

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia estudaram mais de 600 pacientes com diagnóstico de câncer colo-retal e a hipótese lançada era a de que aqueles que buscavam mais informações sobre a doença na internet e mídia impressa também estariam sendo submetidos a tratamentos mais modernos. No caso em questão, os autores definiram como terapêutica moderna o uso de duas medicações recentemente aprovadas para uso nos EUA e amplamente divulgadas pela mídia (bevacizumab e cetuximab). O resultado foi que os pacientes que procuraram informação na internet e mídia impressa tinham uma chance três vezes maior de ter conhecimento sobre as duas medicações, e também foi três vezes maior a chance de serem submetidos ao tratamento com essas drogas.

 

Estudos anteriores já haviam revelado que cerca de 40% dos pacientes com diagnóstico de câncer buscam informações sobre a doença na internet, mas não se sabia ao certo qual o nível de impacto isso poderia ter sobre o tratamento efetivamente oferecido aos pacientes.

 

 

 

 

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