A adolescência é uma fase da vida de profundas mudanças no comportamento e no corpo. É uma época também de grande incidência de problemas psiquiátricos, tais como transtornos de ansiedade e de humor, transtornos de personalidade e alimentares, psicoses e abuso de substâncias psicoativas. Temos crescentes evidências de que alterações no amadurecimento cerebral nessa fase da vida podem ajudar a explicar o porquê da alta incidência de doenças psiquiátricas na adolescência. Uma hipótese bastante atrativa é a de que um perfil genético que determine que essas transformações da adolescência aconteçam em outro ritmo ou grau de intensidade possam aumentar os riscos de doenças psiquiátricas.
Um recente e robusto estudo populacional nos Estados Unidos revelou que a idade em que o indivíduo tem mais chance de apresentar um transtorno psiquiátrico pela primeira vez é aos 14 anos. Além das mudanças cerebrais estruturais e funcionais já demonstradas, e por isso a adolescência é considerada um período de significativas mudanças neurobiológicas, não há como deixar de considerar também os fatores hormonais e psicossociais. Muitos avanços têm sido alcançados, mas temos muito chão pela frente para conseguirmos entender a parcela de contribuição de cada um dos fatores que determinam o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos na adolescência de forma tão freqüente.
21 comentários
8 outubro, 2013 às 4:47 pm
Sil
Preciso de alguma orientação,tenho uma filha de 17 anos,já faz mais de 2 anos e meio que não temos mais sossego em casa.Ela sempre foi uma criança de difícil convívio,por ser muito desobediente,dificilmente conseguíamos fazer ela obedecer alguma regra de casa,por exemplo,foram anos dizendo a ela onde colocar a toalha de rosto no lugar certo do banheiro,diversas vezes ao dia,eu chamava a sua atenção quanto a isso,e sempre deixava a toalha no chão.Somente ha um ano atrás,que ela passou a colocar a toalha no lugar certo após o uso.Esse foi apenas um pequeno exemplo,esse comportamento era para quase tudo.A convivência com ela se tornou bem pior na adolescência,tentei levá-la à psicóloga,foi algumas poucas vezes,depois abandonou,como tudo na sua vida.Hoje,ela tem 17 anos,repetindo pela terceira vez o 1º ano do ensino médio,eu faço a matrícula na escola,compro o material escolar e os uniformes e a história se repete,ela simplesmente vai alguns dias a escola,na maioria das vezes finge que vai,ou seja,mata aula direto,reprovou dois anos por excesso de faltas.Amanhã vou fazer a rematrícula,e esperar para ver se ela vai estudar ano que vem,o que acho que não,pois ela não tem interesse mais em estudar.Agora para piorar,fez amizade com umas pessoas terríveis aqui do bairro,oferecem bebidas e cigarros a ela,e ela aceita,a cada dia está chegando mais tarde em casa.Tem comportamento promíscuo e rebelde. Não escuta mais ninguem da família,só quer andar com os “amigos”,a situação está cada vez pior.Não obedece,não escuta e ainda rouba dinheiro de casa para gastar com os “amigos”.Está sendo muito difícil o convívio aqui em casa,meu esposo não aguenta mais,acabamos brigando diversas vezes por causa dela. Eles estão sem se falar há meses,e infelizmente,ela parece não se importar,pelo contrário,pois agora,na cabeça dela,não tem mais o pai para dar “lição de moral”.Eu realmente não sei mais o que fazer,não dá mais para dialogar com ela,acabamos sempre brigando,pois ela é muito agressiva verbalmente,não tem respeito por nós que somos seus pais.Ontem a tarde,a encontrei bebendo e fumando com três “amigos”,tentei conversar e acabamos brigando. Estou na esperança de ainda conseguir um diálogo com ela para convencê-la a ir na psicóloga novamente,espero que eu consiga,pois preciso de ajuda,pois sozinha,não dá mais.
8 novembro, 2013 às 2:52 am
Ricardo Teixeira
Sil
Veja o manual do usuário do blog.
Manual do usuário
O conteúdo do blog destina-se apenas a informar/complementar e nunca a substituir o diagnóstico / conselho médico. Questões pessoais de saúde devem ser discutidas pessoalmente com o médico, e espero que o ConsCiência no Dia-a-Dia possa incrementar seu repertório para tirar o melhor proveito desse encontro. Devo seguir as recomendações do Conselho Federal de Medicina de não dar qualquer tipo de diagnóstico ou orientação terapêutica por via eletrônica
19 janeiro, 2012 às 12:26 pm
Carlos Celso
Meu sobrinho sempre foi uma criança normal porem sempre “avoado” perdendo facil as coisas como celular e etc… aos 15 comecou a beber e usar drogas… algum meses atras teve uma crise por causa de mistura de drogas e depois disso embora nao use mais droga ficou muito lerdo… pensamento distante, nao presta atencao em nada, fala devagar e esquece de coisas basicas, tem sono o tempo todo…. ele nao era assim antes da tal crise… qual seria o diagnostico dele ? Como ajuda-lo ?
19 janeiro, 2012 às 10:35 pm
Ricardo Teixeira
Dificil opinar por via eletronica quando se fala em diagnósticos
Uma grande ajuda é ajudá-lo a ter uma consulta com um psiquiatra.
6 janeiro, 2012 às 9:23 pm
djacy afonso da silva neto
óla como faço pra deixa d ouvir outras vozes heim estou um pouco agressivo com as pessoas estou com medo de minha namorada mim deixar nessa situaçâo?
11 janeiro, 2012 às 2:58 pm
Ricardo Teixeira
Consulte um psiquiatra que ele deverá lhe passar medicações
28 novembro, 2011 às 10:48 pm
Josie
Meu filho foi diagnosticado com déficit de atenção(cognitivo), hiperatividade,comportamento desafiador opositor .. , agora ele está com 15 anos e está esboçando alguns momentos de agressão, parece que ele se descontrola e sai de si por alguns momentos quando é contrariado é claro e é exatamente quando tudo parece está transcorrendo as mil maravilhas. Ele está se tratando com um medico que receitou abilify para ele, cheguei a comprar dez comprimidos e vimos uma melhora onde ele “escutava” a gente (ficava mais receptivo), não tive condições de continuar o tratamento devido ao alto custo e ele no momento está tomando um remédio alternativo que parece não está fazendo muito efeito. Entrei na justiça e estão enrolando para liberar o medicamento.
Tenho receio de medicamentos, mas a minha ultima esperança é esse remédio abilify. Gostaria de saber o que acha desse medicamento? O medico já até sugeriu que eu internasse ele, mas sabe como isso é difícil para uma mãe, mas quando vejo ele fora de si eu penso se não seria realmente a melhor solução. Não sei o que fazer!!!!
Tem muitas outras questões envolvidas que não citei no momento. Tenho medo de mudar de medico e ele não concordar com o abilify e eu ter gasto meu dinheiro com advogado para conseguira a medicação. Não tenho muito dinheiro e não sei o que fazer para ajudá-lo.
De uma mãe desesperada que quer muito ajudar seu filho.
1 dezembro, 2011 às 12:07 am
Ricardo Teixeira
Olá Josie
Infelizmente não tenho qualquer experiencia com esta medicação
20 outubro, 2011 às 11:20 am
Daiane
Olá, bom dia, minha mãe tem problemas psiquiátricos e faz tratamentos, essa semana fui no psiquiatra com ela para saber como anda as coisas, mas percebi que ela não fala nada perto de mim. Vou ter que ir sozinha no caso e falar o que se passa em casa né? Mas de imediato, gostaria de saber como lidar com uma mãe que não faz seu papel de mãe. Não consegue trabalhar pra fora, se faz alguma coisa joga na cara e não intende que os filhos sustentam a casa e é complicado de se manter em ordem já que ainda não tem dinheiro o suficiente. Estou tratanto até com psicólogo para lidar melhor com a situação, mas gostaria de uma dica de um psiquiatra. Obrigada.
24 outubro, 2011 às 12:32 am
Ricardo Teixeira
Continue com sua psicoterapia. Ela tem muito a lhe ajudar.
5 abril, 2011 às 8:20 pm
ricardo mendes
oi,eu tenho 15 anos e desde os 14 eu me sinto as vezes um tanto quanto fora da realidade,uma sensaçao de confusao(acontece quando assisto filmes fantasiosos ou faço provas as quais nao estudei muito) ou coisa parecida eu realmente acredito que é causado porcausa do psicologico,nao é algo concreto,e eu quero voltar a estar na realidade por completo 24h por dia,mas essa sensaçao nao deixa.
Obs:aos 12 em uma gincana no colegio quando houve um grande tumulto eu me senti pior do que isso era algo concreto,mas semelhante ,vale lembrar que uma amiga minha ja sentiu isso tambem e que talvez eu esteja imitando esse sentimento
9 abril, 2011 às 6:40 pm
Ricardo Teixeira
Oi Ricardo
Para Chegar a algum tipo de parecer sobre experiências como esta requer uma consulta médica aprofundada.
9 março, 2011 às 12:47 am
Fabiana
Desde a adolescência sofro com graves crises de ansiedade, me trato com rivotril, mas continuo fugindo de situações corriqueiras, tenho muito sono ou insônia quando não uso remédio, minha vida é um tormento, sofro para tudo,tenho medo de todos, gostaria de me isolar em casa, mas não posso, a vida me chama. O que fazer?
15 março, 2011 às 2:17 am
Ricardo Teixeira
Medicação precsrita por um psiquiatra e psicoterapia podem ser otimas opções para lhe ajudar
3 março, 2011 às 7:03 pm
ariane
tenho maus pensamento com jesus cristo fico xingando jesus e nossa senhora nao sei como livrar disso nao consigo ir a igreja fico pensando que deus esta bravo comigo por isso como faco para lidar com esse tipo de alucinacao quero me livrar disso
4 março, 2011 às 11:59 pm
Ricardo Teixeira
Oi Ariane
não deixe de procurar um psiquiatra
12 novembro, 2010 às 2:49 am
GABRIELLE
Adolescentes que apresentam desvio de conduta, com desrespeito total pela familia e por si próprios, abusando de uso de drogas e comentendo aitudes de risco e promiscuidade podem ser considerados com sérios problemas psiquiatricos? Precisam de internação ou tratamento com medicamentos?
13 novembro, 2010 às 12:38 am
Ricardo Teixeira
Situação complicada. Talveznão seja necessária uma internação , mas uma bate papo inicial com um psicólogo pode ser o primeiro passo.
8 dezembro, 2009 às 6:58 pm
dextes
ola como faço pra livres de uns vicios que crei em minha cabeça
pois a mania de criar situações que nao aconteceram na minha cabeça
fico imaginando coisas
como me livro disso pois anda me atrapalhando um pouco, já nao consigo me consentar nas coisas que faço
12 dezembro, 2009 às 2:19 am
Ricardo Teixeira
Olá Dextes
A missão do projeto ConsCiência no Dia-a-Dia é a de ampliar a consciência pública das ciências em saúde e tem como objetivo principal a difusão das mais recentes publicações científicas em saúde que tenham impacto direto no dia-a-dia das pessoas, com linguagem acessível e forte enfoque na saúde preventiva.
Apesar de ser uma atividade MUITO PRAZEROSA para mim, infelizmente tive que tomar a decisão de não mais responder a posts que solicitam opiniões sobre problemas médicos pessoais, pelo simples fato de não mais conseguir manter o projeto e ainda responder a todas essas demandas. Questões pessoais de saúde devem ser discutidas pessoalmente com o médico, e espero que o ConsCiência no Dia-a-Dia possa incrementar seu repertório para tirar o melhor proveito desse encontro.
8 dezembro, 2008 às 10:47 am
Ricardo Teixeira
Um novo estudo publicado na última edição da revista Archives of General Psychiatry entrevistou mais de cinco mil jovens americanos entre 19 e 25 anos e demonstrou que metade deles apresentaram algum tipo de transtorno psiquiátrico no último ano, os mais comuns sendo abuso de álcool, distúrbios de personalidade e dependência à nicotina. Entretanto, apenas 25% haviam procurado tratamento. São números impressionantes, hein?