Com o objetivo de perpetuação da espécie, é bem compreensível que nosso cérebro tenha se desenvolvido para ser recompensado com tempestades neuroquímicas de prazer ao experimentarmos atração sexual por outra pessoa. Hoje em dia já sabemos que o amor romântico e a parceria estável também trazem grandes recompensas ao cérebro e fazem bastante sentido do ponto de vista evolutivo.
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4 comentários
8 fevereiro, 2009 às 7:19 pm
Diego de Andrade
Pq que quando um relacionamento intenso acaba a gente sofre tanto?
É possível encontrar uma nova pessoa da qual vc vai gostar tanto feito gostou da anterior?
Se o senhor me puder responder as duas perguntas, eu ficarei bem grato!
Agradecido desde já!
Em tese, a pergunta principal seria:” É possível esquecer de alguém de vez(nao esquecer, mas de forma que a lembrança daquela pessoa nao te traga mais sofrimento) e se apaixonar por uma nova pessoa com a mesma intensidade e beleza de antes?
Obrigado!
8 fevereiro, 2009 às 7:54 pm
Ricardo Teixeira
Olá Flavio,
Só o tempo e novas vivências são capazes de fazer com que a lembrança dessa pessoa não incomode mais sua mente. Não existe pílula que acelere isso. Se o sofrimento for muito intenso, um apoio psicoterápico é muito bem vindo para que o percurso seja menos penoso e potencialmente até mais curto.
Apaixonar-se novamente? Claro que sim.
13 junho, 2008 às 5:37 pm
drricardoteixeira
Olá Tania,
O que as pesquisas classificam como amor romântico é justamente a paixão a que você se refere. Esse amor seguro que você descreve, é justamente a ligação duradoura entre pares a longo prazo, também chamado de ” partner attachment” na língua inglesa.
São três coisas diferentes e muitas vezes justapostas e com o mesmo objetivo de perpetuar a espécie: atração sexual (” sex drive” ), amor romântico (” paixão” , ” courtship attraction”) e ligação duradoura entre os pares (” amor” , ” partner attachment”).
13 junho, 2008 às 5:25 pm
Tania Barbosa
Dr. Ricardo,
as regiões do cérebro ativadas frente a um amor ou a uma paixão, segundo o artigo, são muito parecidas. Parecidas, inclusive, com a ativada depois de nos deliciarmos com uma boa refeição. Esta última parte eu compreendo bem, porque busca-se nos excessos da mesa o afeto negado ou ausente que proporcione o mesmo efeito de bem estar e prazer colhidos após um momento de troca de carinho ou após uma relação sexual. Mas não entendi como sentimentos tão diferentes -amor e paixão- podem ativar as mesmas regiões cerebrais.
As sensações experimentadas quando se vivencia uma paixão (perda de apetite, perda do sono, arritmia cardíaca, aceleração do metabolismo, confusão mental, suores e calafrios simultâneos entre outros absolutamente viciantes) são muito diferentes dos vividos por um amor (sensação de leveza e bem estar, paz interior, apetite revigorado, sono e ritmo cardíaco regularizados, estabilidade emocional e etc). É como se me dissesse que stress e monotonia têm respostas cerebrais semelhantes. Não compreendo. Penso que se ocupassem as mesmas regiões do cérebro, como seria possível estar amando alguém e apaixonar-se por outra pessoa?
E quanto ao sexo entre pessoas que se amam e entre apaixonados, a disparidade vai além do imaginável. A atração sexual também se diferencia nos dois casos.
Enquanto o amor nos torna seguros para trilhar os caminhos familiares (com suas responsabilidades maternais ou paternais) e metas trabalhistas (finanças), a paixão nos dá a certeza de que há energia vital transbordando, nos tornamos dinâmicos, fazemos mil coisas ao mesmo tempo. O amor sublima e nos torna melhores. A paixão nos confunde, nos modifica e nos torna mais humanos. Seguramente um amor nos proporciona mais saúde. Mais como é possível vivermos sem uma paixão?
…ah se pudessemos estar somente amando e tomássemos paixão em pílulas…(lá vem a minha sessão besteirol, meu devaneio, que eu, aliás, adoro. Repara não, tá?)