O que é?

É uma condição psiquiátrica comum que afeta 4-7% da população. Caracteriza-se por um estado de preocupação crônica, exagerado e incontrolável associado a sintomas como agitação, tremores, suor, palpitações, fadiga, tensão muscular e dificuldades para dormir e se concentrar. É mais comum nas mulheres (7%) do que nos homens (4%) e a faixa etária mais acometida está entre os 45 e 59 anos. Fatores genéticos e ambientais estão envolvidos. 

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico e é feito quando os sintomas acontecem na maior parte do tempo, por pelo menos seis meses, em diferentes situações. É muito comum os pacientes darem mais atenção aos sintomas somáticos, o que leva à procura de várias especialidades médicas, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico. Por outro lado, não se deve esquecer que condições clínicas, como o hipertiroidismo, devem ser descartadas, pois podem provocar sintomas comuns do TGA.

 

Além de concorrer com o bem estar, quais são as outras repercussões desse problema?

O TGA traz prejuízos à vida social, familiar e profissional. Um estudo chegou a demonstrar que quase 40% daqueles que sofrem desse transtorno perdem seis dias por mês de trabalho, por absenteísmo ou por ineficiência mesmo. Além disso, algumas condições psiquiátricas são mais comuns em quem apresenta TGA, as chamadas comorbidades. Até 60% podem apresentar também depressão, quase 40% consomem álcool em excesso, e uns 30% têm transtorno de ansiedade social. Doenças cardíacas, respiratórias e endocrinológicas também são mais comuns em quem sofre com TGA.

 

Quais são as opções de tratamento?

Psicoterapia é uma das melhores armas contra o TGA, e a mais estudada é a cognitivo-comportamental. Essa técnica envolve a terapia cognitiva que promove um alinhamento das crenças do paciente à realidade, corrigindo distorções, junto à terapia comportamental, que irá promover o enfrentamento ou evitação de situações críticas.

 

Vários outros métodos de psicoterapia podem ser eficazes. Além disso, atividade física regular, higiene do sono, meditação e até os livros de auto-ajuda podem fazer a diferença.    

 

Quando é que as medicações são necessárias?

As medicações passam a ser imprescindíveis quando o TGA passa interferir de forma significativa na vida profissional ou escolar, na vida familiar ou social. As medicações mais indicadas são os antidepressivos como a sertralina que devem ser usadas por um ano em média. Os benzodiazepínicos geralmente são usados para crises de ansiedade ou nos primeiros 30 dias de tratamento, período em que o antidepressivo ainda não alcançou seu efeito pleno.

 

É recomendável evitar uso de nicotina e o excesso de álcool e cafeína.

 

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