Timelapse Photography of Vehicle on Concrete Road Near in High Rise Building during Nighttime

.

Uma pesquisa recém-publicada pelo periódico Lancet mostrou que quem mora perto de áreas com grande circulação de automóveis tem um risco maior de desenvolver um quadro de demência. O estudo foi realizado na cidade de Ontário no Canadá com duração de dez anos.

 

Há evidencias em roedores que a poluição do ar promove estados de inflamação no cérebro, assim como o fenômeno de degeneração.  Já foi demonstrado também que o ar poluído aumenta o grau de aterosclerose que por sua vez pode levar ao aumento da incidência de lesões vasculares no cérebro.

 

Vale lembrar que as lesões vasculares representam a segunda causa mais comum de demência na maioria das populações, perdendo para a Doença de Alzheimer. Em algumas populações, a demência por lesões vasculares é até mais freqüente que a Doença de Alzheimer.

  

E tem também a poluição sonora

 

A exposição a um exagero de barulho pode ser um fator estressante comparável ao estresse psicológico, podendo levar a alterações no sistema nervoso autônomo e endócrino que promovem a redução de calibre de pequenas artérias, aumentando o risco de lesões vasculares, não só no coração, mas também no cérebro.

 

Ruído em excesso mexe com o corpo e a mente mesmo que de forma inconsciente. Não é difícil imaginar que muito barulho também atrapalha o desempenho cognitivo.  Entre adultos, há evidências de piora da memória e de funções executivas durante a exposição ao barulho e mesmo um pouco depois de sua suspensão. As crianças são ainda mais vulneráveis, já que estão em franco processo de desenvolvimento cognitivo e os estudos apontam que múltiplas dimensões da cognição são afetadas por um ambiente cronicamente barulhento, como é o caso da atenção, motivação, memória e linguagem, chegando ao ponto de entenderem menos aquilo que lêem.

 

Essa alta exposição a ruídos pode levar a um comportamento mais agressivo, reduzindo a capacidade de cooperação, o que pode se refletir no trânsito como um círculo vicioso. Mais ruído, mais intolerância, mais buzina, mais intolerância, mais acidentes…

 

E nem falamos da poluição visual. Mas isso fica para uma próxima vez.